O Menino Do Pijama Listrado - John Boyne
- Srta. das sete cores.
- 27 de mai. de 2015
- 6 min de leitura

"É muito difícil descrever a história de O Menino Do Pijama Listrado. Normalmente, o texto de orelha traz alguma dica sobre o livro , alguma informação, mas nesse caso acreditamos que isso poderia prejudicar sua leitura, e talvez seja melhor realizá-la sem que você saiba nada sobre a trama. Caso você começe a lê-lo, embarcará em uma jornada ao lado de um garoto de nove anos chamado Bruno (embora este livro não seja recomendado a garotos de nove anos). E cedo ou tarde chegará com Bruno a uma cerca. Cercas como essa existem no mundo todo. Esperamos que você nunca se depare com uma delas."
O menino do pijama listrado é uma história muito triste, que mostra uma realidade horrível vivida em 1933 á 1945 na Alemanha. (Mesmo não sendo baseada em fatos reais). Essa realidade foi o período militar conduzido pelo conhecido "Hitler". A obra conta a história de Bruno, (personagem principal) que morava bem, em Berlim (aprontando com seus amigos Carl, Martin e Daniel), mas, um dia, quando voltou da escola e foi para o seu quarto, viu Maria (a empregada da família) arrumando aa suas coisas dentro de várias caixas. Ele descobriu que teriam que se mudar de Berlim, (ele, a mãe, o pai, e sua irmã Gretel - o caso perdido) por conta de um trabalho importante do pai. O lugar para onde vão é muito diferente de Berlim (é um lugar afastado, e a casa têm tres andares, diferente da outra, que tinha cinco). Bruno passa a odiar esse lugar. Sem os seus amigos e em uma casa pequena (para ele), começa a explorar (para passar o tempo - e porque adora fazer isso). Ele acaba encontrando, bem perto da casa, um grande campo, todo cercado. Dentro dele haviam várias pessoas, todas usando uns extranhos pijamas listrados. (Obs: era um campo de concentração, onde ficavam os judeus). Quando se aproxima da cerca conhece um garoto chamado Shmuel (que nasceu no mesmo dia que ele) com quem começa a conversar. Eles acabam se encontrando todos os dias (em segredo, claro! Pois era proibido falar com os judeus, e Shmuel era um deles) e se tornaram melhores amigos.
A obra 'o menino do pijama listrado' é um dos livros mais conhecidos do autor (John Boyne). O livro foi adaptado para os cinemas em 2008 , pelo diretor Mark Herman.
Personagens:
Bruno

Representado pelo ator Asa Butterfield, é o personagem principal. um garoto de nove anos, que não compreende os problemas do mundo na sua época, e nem o trabalho de seu pai. Quando conheçe Shmuel em sua nova casa ( Haja-vista ), constroem uma amizade forte, apesar das diferenças.
RALF

Pai de Bruno e Gretel. Trabalha para o Fúria ( Hitler ). Representado pelo ator David Thewlis.
ELSA

Mãe de Bruno e Gretel, casada com Ralf. É representada por Vera Farmiga.
GRETEL

Irmã de Bruno. Representada pela atriz Amber Beattie.
♥ Bom, se você gostou do livro, não perca tempo e leia! veja a seguir outras obras de Jonh Boyne, e confira o PRIMEIRO EPISÓDIO DE " O MENINO DO PIJAMA LISTRADO".


♥ 1° Cap- Menino Do Pijama Listrado :
Certa tarde, quando Bruno chegou em casa vindo da escola, surpreendeu-se ao ver Maria, a governanta da família - que sempre mantinha a cabeça abauxada e jamais levantava os olhos do tapete, - de pé no seu quarto, tirando todos os seus pertences do guarda-roupa e arrumando-os dentro de quatro caixotes de madeira, até mesmo aquelas coisas que ele escondera no fundo e que pertenciam somente a ele e não eram da conta de mais ninguém. "O que você está fazendo?" , ele perguntou tão educadamente quanto pôde,pois, embora não estivesse contente por chegar em casa e descobrir alguém remexendo nas suas coisas, sua mãe sempre lhe dissera para tratar Maria com respeito e não simplesmente imitar a maneira com que seu pai a tratav. "Tire as mãos das minhas coisas." Maria sacudiu a cabeça e apontou para a escada atrás dele, onde a mãe de Bruno acbara de aparecer. Era uma mulher alta , de longos cabelos ruivos, presos numa espécie de rede atrás da cabeça; ela estava retorcendo as mãos em sinal de nervosismo, como se houvesse algo que ela não quisesse falar ou alguma coisa em que não quisesse acreditar. "Mãe" , disse Bruno, marchando em direção a ela, "o que está acontecendo? Por que Maria está mechendo nas minhas coisas?" "Ela está fazendo suas malas", a mãe explicou. "Fazendo minhas malas? " , ele perguntou, repassando rapidamente os eventos dps últimos dias para avaliar se fora um mau menino ou se dissera em voz alta as palavras que ele sabia não poder dizer e, por isso, estava sendo mandado embora. Maa não conseguiu pensar em nada que justificasse tal pensamento. Na verdade, durante os últimos dias ele se comportara de maneira perfeitamente decente com todos e não conseguia se lembrar de ter criado nenhuma confusão. "Por quê?" , ele perguntou então. "O que eu fiz?" A mãe ja havia entrado em seu próprio quarto a essa altura, mas Lars, mordomo, estava lá, fazendo as malas dela também. Ela suspirou e jogou as mãos para o ar em sinal de frustração antes de marchar de volta à escada , seguida por Bruno, que não ia deixar o assunto morrer sem uma explicação satisfatória. "Mãe" , ele insistiu. "O que está havendo? Estamos de mudança?" "Venha comigo até o andar de baixo", disse ela, levando-o até a ampla sala de jantar onde o Fúria estivera para comer com eles na semana anterior. "Conversaremos lá embaixo." Bruno desceu as escadas correndo e até a ultrapassou na descida , de maneira que já estava esperando oela mãe na sala de jantar quando ela chegou. Ele observou-a sem dizer nada por um momento e pensou consigo que ela não devia ter aplicado corretamente a maquiagem naquela manhã, pois as órbitas dos olhos estavam mais avermelhadas do que de costume , como os seus próprios olhos ficavam quando ele criava confusão e se metia em encrenca e acabava chorando. "Veja, Bruno , não há motivo para se preocupar" , disse a mãe, sentando-se na cadeira da qual se sentara a bela mulher loira que viera jantar acompanhando o Fúria e que acenara para ele quando o pai fechou a porta. "Na verdade, acho que será uma grande aventura." "Que aventura?", ele perguntou. "Estão mandando embora?" "Não, não é apenas você ", ela disse, parecendo que ia abrir um sorriso momentâneo, mas mudando de ideia. "Todos nós vamos embora. Seu pai e eu, Gretel e você. Todos os quatro." Bruno pensou a respeito e franziu o cenho. Não o incomodava em especial se Gretel fosse mandada embora, porque ela era um caso perdido e só se metia em encrencas. Mas parecia um pouco injusto que todos tivessem que acompanhá-la. "Mas para onde?", ele perguntou. "Aonde vamos exatamente? Por que não podemos ficar aqui?" "É o trabalho do seu pai", explicou a mãe. "Sabe como isto é importante, não sabe?" "Sim, é claro", disse Bruno, acenando com a cabeça,.pois sempre havia na casa muitos visitantes- homens wn uniformes fantásticos, mulheres com máquinas de escrever das quais elebdeveria manter longe as mãos sujas- , e eram todos sempre muito educados com o pai e diziam que ele era um homem para ser observado e que que o Fúria tinha grandes planos para ele. (...) Bruno subiu devagar as escadas até o seu quarto; porém, antes de entrar, olhou para trás e para baixo na direção do piso térreo e viu a mãe entrando no escritório do pai, que dava de frente para a sala de jantar - onde era proibido Entrar em Todos os Momentos Sem Exceção- , e escutou-a falando alto com ele, até que o pai falou mais alto do que a mãe era capaz, e isso terminou com a conversa entre eles. Então a porta do escritório se fechou,e, como Bruno não conseguiu mais ouvir nada, pensou que seria boa ideia voltar ao seu quarto e assumir a tarefa de fazer as malas, porque senão Maria era capaz de retirar todos os seus pertences do guarda-roupa sem o devido cuidado e consideração, até mesmo as coisas que ele escondera no fundo e que pertenciam somente a ele e não eram da conta de mais ninguém.
Beijoss. ♡ Aproveite a leitura!
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